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Tutorial – Acessório de cabelo para Tribal

Olá pessoal!!!

O estilo Tribal atrai muita gente e vem ganhando espaço no mundo da dança, mas nós ainda não temos muitos lugares para comprar roupas e acessórios tribais, por isso eu achei interessante trazer esse tutorial para vocês. Eu traduzi e adaptei o tutorial desse site aqui.

Espero que gostem!!!!

Para fazer seu acessório de cabelo será necessário lã preta e roxa e búzios.

Corte quatro pedaços de lã com um pouco mais que o dobro do tamanho final desejado. Dobre-os ao meio e certifique-se de estão do mesmo tamanho. Corte um fio extra de cada cor, esses fios serão usados para o acabamento.

Dobre os fios de lã ao meio e marque com uma caneta.

Agora, com o fio extra de um nó em torno dos quatro fios de lã bem em cima da marca que você fez com a caneta e enrole cerca de 2 cm para cada lado. Você pode fazer maior e isso significa que você terá um laço maior para amarrar no seu cabelo.

Dê um nó em cada extremidade para que não se solte.

Agora junte as duas pontas de modo que forme um laço.

A seguir dê o seguinte nó na base do laço:

Pessoal, eu não sei o nome desse nó, em inglês é square knot, se alguém souber por favor deixe nos comentários.

Esse nó deixará o laço bem firme e seguro.

Agora encontre um lugar para fixar o laço, pode ser um pedaço de madeira com prego ou qualquer coisa semelhante que você tenha na sua casa.

Você deverá ir trançando os fios de lã de modo que fique bem firme.

Depois de trançar uma parte termine com um “square knot”.

Agora vem o toque especial. Separe a lã extra, ela será usada pra dar o nó que segura os búzios no lugar certo.

Use um palito de dente para empurrar a lã para dentro do búzio.

Cada par de fios de lã deverá ficar com um búzio.

Agora junte os fios de lã e empurre os búzios para cima.

Então a parte de cima deve ficar parecida com a foto.

Veja como os búzios ficam bem assentados. Isso acontece porque quando você usa dois fios de lã para cada búzio, eles ficam mais firmes. Nessa foto você consegue ver o fio extra em cima dos búzios.

Agora puxe os fios extras para baixo, entre os búzios e de um nó “square knot” para que fiquem bem firmes e não se soltem.

Repita esse procedimento, fazendo com que a segunda fileira de búzios fique bem próxima da primeira fileira.

Faça quantas fileiras você quiser. Nesse exemplo nós tempos 4 fileiras de búzios.

Depois que você colocou o número de fileiras desejadas dê um nó e repita o processo de trançar a lã, finalizar com um nó e colocar cada fileira de búzios terminando com um nó.

Quando estiver do tamanho que você quer será necessário finalizar seu acessório. Nesse tutorial foi adicionado um “pompom” no final para dar um efeito mais cheio.

Pegue um pouco de lã e dobre-a ao meio até que tenha o volume desejado.

Separe os dois fios de lã extra que estavam sendo usados para dar os nós nos búzios. Divida a trança ao meio e prenda o pompom de lã e amarre. Passe os búzios pelos fios que você separou e dê um nó.

E está pronto para você usar!!

Boa sorte à todas!!!!!

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Véu pói

E aí galerinha!!!

Bom, com toda essa pesquisa que eu tenho feito no youtube é lógico que eu perdi o foco e acabei vendo vários vídeos que não tem nada a ver com véu….e vi vários de véu pói (outros vídeos aqui) e gente, que vontade que deu de voltar a treinar….

Ai que vontade!!!!

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Módulo Candelabro – Raks Shamadan

Olá pessoal!!!

Esse post é para falar um pouco sobre a dança do ventre com o candelabro ou Raks Shamadan.

Como quase tudo na dança do ventre, não há um registro histórico oficial sobre a origem dessa modalidade. Existem algumas teorias, mas a que eu acho mais provável é uma versão que conta que era costume no antigo Egito obrigarem as escravas a colocarem várias lamparinas acesas numa armação de metal sobre suas cabeça e circularem nas festas de forma a iluminar o ambiente, uma vez que a maioria das festas eram realizadas à noite e não existia energia elétrica naquela época. Desta forma os faraós poderiam deslocar a luz da forma que desejassem. Algumas destas escravas eram acrobatas e bailarinas, daí terem começado a dançar com este objeto em suas cabeças.

Acredita-se que esse costume foi evoluindo e se consolidou na cultura egípcia se tornando uma tradição nas celebrações de casamento, nascimento e aniversários.

É mais comum vermos ainda hoje o Raks Shamadan sendo utilizado em casamentos. Quando esse costume ganhou as ruas egípcias ainda não havia energia elétrica e o shamadan era um prato na cabeça com um castiçal em cima, com o tempo foi se aperfeiçoando e hoje encontramos candelabros confeccionados em metal com hastes para colocar as velas. O cortejo no casamento egípcio chama-se zeffa que significa procissão com ruído, cortejo alegre e normalmente realizado à noite onde os dançarinos, músicos, cantores e membros da família percorrem o bairro até chegarem na casa do noivo ou na recepção de salas ou hotéis como acontece atualmente. Em muitos países árabes ainda se pode assistir a esta tradição. Aliás, pode-se ver bailarina colocar a mão sobre o ventre da noiva, uma forma de lhe desejar fertilidade no futuro.

Quando usa-se o candelabro, seja em um casamento, aniversário ou nascimento, a bailarina está iluminando o  caminho do novo casal, da criança ou da pessoa homenageada, desejando felicidades e prosperidade. É, definitivamente, uma dança que serve para celebrar a vida e a união entre as pessoas.

Tradicionalmente é dançado com um vestido longo que cobre o ventre, mas hoje em dia não é dificil ver bailarinas dançando com o ventre descoberto. Pode-se usar um tecido para cobrir a cabeça, esse tecido proteje seus cabelos da cera das velas.

Não há um ritmo específico, mas recomenda-se o zaff e o malfuf.

Fonte aqui

Vamos ver alguns vídeos para nos inspirarmos.

Coreografia bem sincronizada

Formação inicial bem interessante

Nunca mais reclamo do meu candelabro

Vestido tradicional

Adorei a saia

É isso pessoal, espero que aproveitem as informações.

Bjus

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Módulo Véus

Olá pessoal!!!!

O véu foi inserido na dança do ventre pelas norte-americanas há pouco tempo (princilamente se considerarmos que a dança do ventre é milenar) isso me leva a pergunta: Por que?

Eu tenho uma teoria, quando nós estudamos a origem dança do ventre vemos que essa dança tinha cunho religioso, ou seja, não era necessário agradar o público você dançava para sua deusa e tava tudo certo. Com a vinda da dança para o ocidente começou a ser necessário atrair e agradar ao público, por isso temos roupas bonitas e acessórios que chamam a atenção, aí entra o véu. Ninguém pode negar que o véu tem um apelo cênico incrível, todos gostam de apresentações com véu, sejam leigos ou especialistas.

O véu tem se modificado muito rapidamente ao longo desses anos. Quando eu comecei a fazer dança de ventre em 2007 o que era mais comum era a dança com véu simples e movimentos lentos, o véu não era o ator principal da coreografia, ele servia só para fazer a entrada e depois era deixado de lado e a bailarina seguia adiante, hoje vemos coreografias muito elaboradas onde o véu é o ator principal e existem vários tipos de véus.

Vou colocar aqui alguns vídeos dos tipos de véus mais comuns, mas gente, vamos lembrar, véu não é uma dança folclórica, certo?

Véu simples

 

 

 

 

 

 

Véu duplo

 

 

 


Véu leque


 

 

 

Véu pói

 

 

 

 

Véu wings

 

 

 


 


Dança dos 7 véus

 

 

 

 

 

Gente, tem um artigo muito bom sobre dança dos 7 véus aqui e dicas de como fazer um véu aqui. Se você quiser saber um pouco mais sobre véu wings, artigo aqui .

Devido a minha criação totalmente ocidental e na correria eu sempre prefiro as coreografias agitadas e no estilo musical da Broadway, com entradas e saidas, mudanças de bailarinas….mas isso é um gosto e é particular.

Aqui vai uma coreografia com todos os véus

Bjus

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Módulo Bastão – Saidi

Saidi é um região entre Gizé e Edfu no Alto Egito, essa região dá nome ao estilo de dança folclórica com bastão e ao ritmo.

A dança com bastão é originalmente masculina e conhecida como Tahtib, agora imaginem só, em uma região onde a profissão é o pastoreio, os homens sempre andavam com um cajado, seja para apoio, seja para se defender. Para treinar a defesa eles faziam lutas e como todo bom árabe sempre rolava uma música junto.

Segundo comentam estudiosos, o tahtib já estava presente desde a época dos faraós, algo que seria comprovado por figuras nos templos que se assemelham a esse tipo de dança (como podemos ver na figura abaixo, a arte Sebekkah).

A dança com bastão foi incorporada pelas mulheres, porém com bastões menores, mais enfeitados e movimentos mais graciosos. O Said feminino tem o nome de Raqs Assaya.

O ritmo base para este folclore é o Saidi. As mulheres costumam ser graciosas, diferentemente dos homens que estão “ostentando sua masculinidade” na dança. Nos dois estilos, o bastão poderá ser variado de formas semelhantes: girando para frente ou para trás, segurado com ambas as mãos em linha horizontal, apoiado nos ombros verticalmente, batido no chão com força, apoiado no chão como uma “bengala”, e por aí vai. Do folclore Saidi, o que creio ser mais característico é o “saltinho”. É um salto com ginga, não creio ser possível explicar, é preciso ver. Esse é o “saltinho” que identifica que você reconheceu o folclore saidi numa música clássica, independente de haver um bastão com você ou não. A graça do Saidi está reunida nesse simples passo, que não precisa ser repetido do início ao fim da música, mas que deve ser evidenciado na sua dança.

Fotos daqui.

Fonte aqui.

Agora vamos aos vídeos \o/!!!

Eu não sei porque, mas quando tem interpretação na dança eu ADORO!!!

 

Originalzão bruto!!!

 

Gracioso

 

Dois bastões

 

Vi vários outros vídeos super legais, mas não vou por aqui senão o post fica muito grande.

Agora um comentário, esses dias eu estava assistindo jornal e em uma recepção à algum presidente árabe que eu não me lembro qual ( minha memória recente é um lixo) eles estavam dançando o khaleege masculino, achei o máximo!!!!

Bjus

 

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Módulo – Dança com taças

Olá pessoal!!!!

Hoje eu vou falar sobre dança com taças, queria fazer um post bem maneirinho sobre essa dança, mas infelizmente não encontrei muita coisa. Tudo o que eu li fala que a dança com taças é uma ocidentalização da dança com o candelabro.

O que eu queria saber e não achei de jeito nenhum é como essa adaptação aconteceu. Sabem o que eu quero dizer? Um dia você ta lá dançando com seu candelabro e pensa “Nossa vou colocar as velas dentro de uma taça que vai ficar mais fácil e ainda sim vai dar um efeito legal” Sei lá, mas acho que não é assim que as coisas acontecem. De qualquer forma, não consegui encontrar quem ou onde foi que começou a dança com taças, mas vou colocar aqui o que encontrei sobre a dança com taças.

Como já disse, a dança com taças é uma variação da dança com o candelabro que é de origem egípcia, essa dança é utilizada em ocasiões especiais como casamentos, aniversários e nascimentos. A bailarina precede a comitiva abrindo e iluminando o caminho, para que os homenageados tenham prosperidade e vida longa.

Inicialmente as velas ficavam em uma armação metálica com formato de uma grande saia e na cabeça a dançarina levava um jarro de água, mostrando uma habilidade surpreendente. Posteriormente os candelabros foram adaptados e utilizados nas cabeças das dançarinas constituindo a versão atual.

As taças têm o mesmo propósito do candelabro.

Na minha humilde opinião, a dança com taças tem mais apelo cênico, pois possibilita uma maior mobilidade da bailarina. Tem um ar de mistério, pois é dançado na penumbra somente com a luz das velas e como, geralmente, é dançado com músicas lentas os movimentos são suaves como ondulações, redondos, movimentos de chão e batidas leves.

Nessa dança a bailarina deve mostrar delicadeza e habilidade no manejo das taças, que desenham formas no ar, iluminando e escondendo seu corpo no movimentar das mãos/punho e das chamas das velas. O trabalho de braços é muito valorizado.

Eu considero uma das modalidades mais bonitas da dança, e agora vamos aos vídeos!!!!

Esse vídeo é bem interessante, não tem nadinha de nada de dança do ventre, mas tem elementos coreográficos realmente muito legais que podem ser usados para incrementar a coreografia.

 

Esse vídeo também tem algumas composições interessantes, mas tem uma parte que as meninas fazem a ponte de frente para o público e eu não gosto disso, acho de muito mal gosto você ficar projetando suas partes íntimas para as pessoas.

 

Há!!!! Olha o que eu achei!!!

 

Não sei se os vídeos estão muito bons, é muito difícil achar vídeos que estejam com uma  boa qualidade de imagem e som e que a coreografia seja legal, geralmente eu fico uma semana pesquisando para encontrar vídeos que eu goste, dessa vez eu tive menos tempo. Se alguém tiver uma sugestão de vídeo pode me mandar.

Espero que gostem.

Bjus

 

 

 

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Módulo Dabke

Sua História

Desde os tempos dos fenícios (cerca de 4.000 a.C.), antes de forros estáveis serem instalados nos lares Libaneses, os telhados planos eram feitos de galhos de árvores que eram tapados com barro.  Quando vinha a mudança de estação, especialmente o inverno, o barro rachava e começavam as goteiras e infiltrações, para que isso não ocorresse era necessário um conserto.

Como era um trabalho árduo, o proprietário da casa chamava seus vizinhos e juntos eles subiam no telhado e batiam o barro com os pés fazendo com que penetrasse em todas as frestas, a fim de evitar os vazamentos. Por ser um trabalho desgastante, eles tocavam DERBAKE e uma flauta MIJWIZ para dar ânimo e assim podiam compactar os telhados de suas aldeias e das aldeias vizinhas, mesmo sob o frio e a chuva. Mais tarde, um rolo de pedra substituiu os homens que, no entanto, já acostumados, continuavam a bater os pés nas ruas da aldeia. Hoje o Dabke é performance em toda casa Libanesa. O Dabke anima a vida, quando amigos e parentes se juntam em volta do mezze Libanês com arak ou vinho e começam a praticar a dança.

O Dabke

A palavra dabke significa “bater o pé no chão”. É dançado no Líbano, Síria, Jordânia e Palestina. Pode ser feito só por homens, só por mulheres ou por ambos, dependendo da tradição local. É feito em filas que podem se quebrar em formações. Os dançarinos podem dar as mãos ou colocá-las no quadril, com os cotovelos para fora. O líder é quem determina os passos da dança, guiando da ponta da fila girando seu lenço branco no tempo da batida. Quando os outros dançarinos estão acompanhando devidamente, ele começa a enfeitar o passo que acabou de criar com pulos, giros e viradas em que for hábil. Ele pode sair da fila e se mover nela para fazer passos sozinho ou desafiar os outros a dançarem sozinhos. O líder fica na ponta direita da fila, mas há pelo menos uma exceção notável, que é a “hora/debka” israelita, onde o líder fica na ponta esquerda da fila e esta move na direção oposta. Os movimentos dos dançarinos variam de uma pisada à frente a um passo contínuo simples, dobrar o joelho várias vezes, uma combinação de pulo e chute e o batimento ritmado com o pé. Há também pulos, saltos e movimentos trabalhados com os pés. O líder pode rodar um guardanapo ou lencinho. O sentimento (sensação) da dança é ditado pelos músicos – particularmente o flautista tocando o Nai – e pelo RAS (líder). A vantagem da flauta na dança é que aquele que a toca também pode participar. Às vezes seu toque parece levar os dançarinos a um transe onde eles andam arrastando e sacudindo por muito tempo sem mudar o passo. Outras vezes ele pode incentivar pulos e gritos até a exaustão. Essa dança é realizada por grupos profissionais em apresentações e também por pessoas comuns em casamentos e festas. É gostosa de dançar e linda de assistir. Há semelhanças com outras danças, como o Hasapiko rápido grego (não o Vari Hasapiko), Macedonian Oro, Bulgarian Horo, que são todos baseados no mesmo padrão passo-passo-passo-chute-passo-chute.

Curiosidade: Tasha Banat diz que o dabke às vezes é dançado com um bastão, mas que não tem nenhuma relação com o Tahtib ou dança da bengala egípcia (Saidi). Ele diz que quando um galho reto de oliva é encontrado (algo muito incomum, devido ao jeito que as oliveiras crescem) é considerado sinal de boa sorte. O ramo pode ser retirado da árvore e esculpido em forma de uma bengala sem gancho, geralmente em espiral. Então ele é levado durante a dança e pode ser balançado ou segurado no alto, para enfatizar, mas não é usado como instrumento marcial como o Assaya é no Tahtib… é apenas um símbolo de boa sorte.

Temos aqui alguns vídeos para vocês verem como é:

Antigo

 

Libânes

 

Palestino

 

Esse vídeo é com a mesma música que os meninos da nossa academia dançaram:

 

Dabke no Brasil

 

Dabke casal

 

A Dança do Vilarejo Libanês

Imagine-se andando numa Vila cheia de pessegueiras, macieiras e plantações de Uva, e sentindo o aroma da colheita de meio de Setembro. Isso, meus amigos, é um vilarejo encontrado no Líbano seguindo as tradições que seus ancestrais deixaram. Vilarejos Libaneses são famosos por muitas de suas tradições ancestrais e com honra as carregam de geração para geração. Muito disso consiste da cooperação da família e neste caso toda a Vila se torna uma FAMÍLIA. No meio de Setembro, famílias se encontram nos seus campos, para celebrar a temporada de colheita do Vinho. As uvas colhidas das Parreiras foram separadas, algumas para fazer Arak, algumas para Vinho, outras para Vinagre e o resto para fazer doces de Uvas. O ar está tomado pelo delicioso aroma do suco de Uva que está sendo aquecido ao fogo. Algumas mulheres recheiam suas belas travessas com tabouleh, hummus, babaghanouj, folhas de uva e uma coleção de petiscos, frutas, e pães. Outras andando balançam seus jarros de água sobre as cabeças com elegancia. Os jovens rapazes e moças, vestindo roupas festivas, vão com suas mães conhecer os membros mais velhos de sua familia nos campos. as jovens mulheres estão vestidas em esvoaçantes calças e camisas e longas vestimentas; véus e lenços com bela decoração e adornos nas cabeças. Os homens estão vestindo seus sherwals e labbadeh (calças largas e chapéus típicos) com vestimentas coloridas sobre suas camisas e botas. Um homem idoso entra em cena carregando um derbake(um pequeno tambor feito de um cilindro de madeira e pele de carneiro esticada), seguido de uma turma de outros com seus nay e mijwiz (o nay é uma flauta de bambu simples longo e o mijwiz é uma flauta dupla mais curta).
A musica começa a tocar, e a brisa fresca da tarde de Setembro está em todo lugar. Alguns homens e mulheres seguram as mãos e começam a dançar para a entonação Dalunah, a base de todos os Dabkes (para bater no chão com um dos pés), enquanto outros batem palmas criando o ritmo apropriado. Então se abre caminho para o canto improvisado; uma mulher entra em cena com um jarro balançando sobre sua cabeça e é seguida por outras, como que competindo. Então os homens tomam parte com suas espadas, fazendo a dança da espada para o ritmo do mijwiz. Conforme o tempo vai passando, os mais velhos vêm participar também, segurando as mãos com os mais jovens formando uma linha unitiva e fazendo o mesmo passo. O homem e mulher nas estremidades opostas da linha fazem passos diferentes para mostrarem quão competentes, ágeis e graciosos eles são. O resto da turma bate palma e canta para revelar sua felicidade. Um homem idoso chama e anuncia que o suco de Uva já esquentou e já esfriou, eles podem bebe-lo. Aqui a atmosfera está recheada com ululação para os homens responsáveis pelo suco e para as mulheres que preparam a comida. E conforme a ululação continua o tempo do Dabke aumenta. Felizmente, de todas as tradições libanesas essa cena não morreu, especialmente nos Vilarejos.O Dabke é uma dança nacional Libanesa que é levada em todo Clube, restaurante, ou festa.

Fontes:

  1. http://www.kfs10.com.br/loubnan/dabke.html
  2. http://www.esppacoalpha.com.br/harem%20dabke.htm
  3. http://www.angelfire.com/co2/dventre/dabke.html

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Módulo Khaleege

O Khaleege ou Khalije (pronunciem “ralíje”) – que em árabe significa “Golfo”- é uma dança típica do Golfo Pérsico e toda aquela região da Península Arábica (Arábia Saudita, Iêmen, Omã, Emirados Árabes, Qatar e Bahrein) envolvendo também o Irã, Iraque e o Kuwait. Aqui no Brasil nós conhecemos apenas uma versão do Khaleege: a feminina. Neste folclore, os homens também dançam, mas separados das mulheres (ou seja, eles não dialogam na dança, cada um tem a sua parte, e geralmente nem dançam sequer no mesmo espaço). Apesar de ambos serem Khaleege, as características mudam para cada gênero, o que vamos explicar aqui.

Khaleege Feminino

Para falar de Khaleege, esqueçamos tudo o que sabemos sobre a Dança do Ventre em questão de técnica. A começar pela vestimenta. Usa-se uma “Tobe al Nashar” ou Longa Túnica, sempre colorida e  ricamente bordada, esta túnica ainda pode ser usada para compor os passos, ao segurá-la nos giros e nos deslocamentos. Os cabelos longos são fundamentais para compor este visual, devem vir soltos, podendo usar arcos para enfeitá-los. A quantidade de bordados e o que usar por baixo varia de acordo com a região onde o Khaleege é dançado. Por exemplo.

  • No Khaleege iraquiano (onde se originaram os movimentos das mãos batendo no corpo) nasceu o costume de ajustar a bata ao corpo para enfatizar os movimentos do quadril. As mulheres costumavam pintar com henna as mãos, o queixo, a testa e os olhos, e usavam enfeites de ouro do nariz até a testa;
  • No Khaleege tribal (como algumas pessoas chamam o khaleege do Golfo Pérsico) é costume usar aquelas calças largas ou um vestido por baixo. As bailarinas que preferirem, também podem usar a roupa de dança do ventre mesmo, por baixo da bata, que é um costume bastante comum. Nestes dois estilos de Khaleege, usam-se muito os ombros, as mãos e a cabeça, com atenção especial para a movimentação dos cabelos para fazer um charme, tocando a testa com o pulso nos dois lados da mão (em forma de concha), no peito (podemos colocar uma das mãos no peito quando jogar o cabelo) e bater os pulsos (com delicadeza);
  • Agora, no estilo Maghreb, por baixo da bata usam-se calças e lenços de quadril. Os bordados da bata neste estilo não são tão ricos quanto nos outros dois, e a ênfase é no quadril e os movimentos de cabeça nem são usados.

Os pés (isso em qualquer estilo) sempre seguem um movimento igual, que é como se a bailarina estivesse “mancando” acompanhando os “duns” da música com essa marcação, sempre arrastando o pé de apoio. É muito importante a expressão da bailarina, sempre dando a entender que é tímida sem chegar a ser ingênua, o mais feminina possível, as mãos delicadas, apesar de não se usar aquela mão clássica.  Era originalmente dançada em círculos.

O ritmo utilizado para esta dança é o Soudi (já ouvi chamarem de Saudi), também chamado de Khaleege, caracterizado pelo “Dum-Dum-Ták” um pouco mais lento, sempre uniforme, cadenciado. É um ritmo 2/4 e os mais fortes são os duns, sempre, e marcando com o pé.

A seguir, temos alguns vídeos de Khaleege:

 

Khaleege Masculino

Este folclore é uma dança beduína, os passos basicamente são a famosa “ginga” e um quê de malabarismo. Os homens dançam com o bastão ou com um rifle (Yoolah), o primeiro serve como uma espécie de apoio, para balançarem para frente e para trás em fila, também movimentando-o de forma semelhante ao Saidi (segurando com os braços para cima e o apoiando no ombro) e o segundo o giram sem parar, o jogando para cima e também usando como apoio. Os homens, além disso, dão uns saltinhos – tímidos – para acompanhar o acento do ritmo, semelhante ao das mulheres.

A roupa deste folclore é a roupa tradicional dos árabes do Golfo Pérsico. Isto é, muitos deles não usam só essa roupa para dançar, mas na sua vida cotidiana também.

A seguir um vídeo de Khaleege Masculino

Espero que vocês tenham gostado.

Bjus

Fontes:

http://www.ruhielraks.com/khaleege/

http://ciafloresdelotus-dventre.blogspot.com/2010/09/folclore-khaleege.html

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Módulo Tribal

Olá pessoal!!!!

Hoje vou inaugurar uma série de posts. Pretendo colocar os módulos que estão sendo oferecidos no Centro de Danças Fernanda Simões, com algumas considerações e vídeos para vocês verem como é. Vou começar pelo tribal, as aulas são de quinta das 19:30 às 20:30 com a professora Milena.

A dança tribal – Tribal Fusion

A grande responsável pela divulgação da Tribal Bellydance foi Jamila Salimpour.

Enquanto uns dizem que nada tem a ver com a dança do ventre, outros a reclamam como sendo um dos estilos da dança do ventre. Pessoalmente, acho que se tem a dança do ventre como base para os seus movimentos, então nada mais pode ser senão dança do ventre, uma das suas variantes, e uma belíssima variante. A Tribal Bellydance funde em si mesma arquétipos, conceitos e movimentos das danças étnicas de variadas regiões como por exemplo, o Flamenco, a Dança Indiana, e danças folclóricas de diversas partes do Oriente desde a já conhecida e obvia Dança do Ventre as danças islâmicas do Tajiquistão ou danças tribais da África Central. 

Ora bem, como estava a dizer, este estilo, denominado de “Estilo Tribal Folclórico Interpretativo” surgiu nos anos 70, nos EUA, nos seguimentos de uma viagem que Jamila fez ao Oriente e ao regressar, encantada com os costumes e tradições que vislumbrou no Oriente, decidiu incorporá-los na dança do ventre. Jamila tinha uma trupe de dança denominada de Bal Anat, que começou a pouco e pouco a interpretar as coreografias de Jamila que aliavam acessórios das danças folclóricas a passos característicos da dança do ventre, criando uma espécie de dança teatral, baseada em lendas tradicionais do Oriente. Abandonaram as miçangas e lantejoulas a favor de trajes tipicamente orientais ou que ostentassem bijuterias que evocassem características tribais.

Um exemplo que temos desta nova forma de dança é a tão popular Dança da Cimitarra. Jamila, a primeira bailarina que comprovadamente apresentou esta dança, refere-se a esta evocando varias lendas sobre o uso da espada pelas mulheres do Oriente, em forma de dança, mas nenhuma delas pode ser tida como real, já que o próprio povo daquela região não aceita esta dança como parte de suas lembranças culturais. Outra característica forte da Tribal Bellydance é a apresentação em grupo, a coletividade, não existindo apresentações a solo, pois as dançarinas, tal como numa tribo, apresentam-se em grupo, salvo exceções como demonstrações feitas pelas dançarinas de renome internacional, mas mesmo assim, prefere-se o grupo.


Como prova desta coletividade temos as representações cênicas da roda e meia-lua como as mais populares. No grande circulo, as dançarinas tem a oportunidade de se comunicarem visualmente entre si e dançarem umas para as outras mantendo o vínculo da trupe. Da roda ou meia-lua, surgem os duetos, trios, quartetos, pequenos grupos que levam a interação com o público.

Nos anos 80, novas trupes já se haviam espalhado pelos EUA. Masha Archer, discípula de Jamila, ensina a sua aluna Carolena Nericcio as técnicas do Estilo Tribal, criadas por Jamila pra obter um melhor desempenho de suas bailarinas. Esta técnica baseia-se nos trabalhos de repetição e condicionamento muscular (e mental) do Ballet Classico, adaptados aos movimentos das danças étnicas. Incentivada pelas diferenciações do novo estilo, Carolena forma sua própria trupe, que dará novos contornos a historia do Estilo Tribal.

O figurino utilizado por Jamila e sua trupe cobria o torso da bailarina, sendo composto (ainda hoje mantido por esta trupe) basicamente por batas do tipo djellaba ou galabias. Isso tirava, segundo Carolena, um pouco da intenção e visualização do movimento. Surge então um novo visual ao Estilo, que até os dias de hoje continua a predominar no cenário Tribal: saia longa e larga, sem abertura nas laterais ou calça pantalona ou salwar (bombacha indiana), choli (blusa curta de manga longa ou semi, que é tradicionalmente utilizada pelas mulheres indianas por baixo do sari), soutien por cima da choli, xales, cintos, adereços, moedas, borlas, para incrementar o traje, dar maior visualização aos giros e tremidos etc. Além deste novo figurino, Carolena e sua trupe Fat Chance Belly Dance trouxeram ao Estilo Tribal a complementação com movimentos oriundos da Dança Indiana e Flamenca, e a característica mais forte atualmente no Estilo Tribal: a improvisação coordenada. Esta improvisação parece uma brincadeira de “siga o líder”, e baseia-se numa série de códigos e sinais corporais que as bailarinas aprendem, trupe a trupe, que indicam qual será o próximo movimento a realizar, quando haverá transições, trocas de liderança etc. Para a audiência, ficara a impressão de que aquela trupe esta a desenvolver uma coreografia diversas vezes ensaiada, mas ao contrário, elas estão a improvisar todas as seqüências na hora, sem que com isso percam o sincronismo e a simetria em cena. Ainda falando de inovações trazidas por Carolena, a nova postura desenvolvida por suas bailarinas e as posições corporais diferenciadas na execução dos passos dão amplitude aos movimentos, sendo então melhor visualizados pelo público.

Nos anos 90, o Estilo Tribal, passou a demonstrar com mais força a presença da Dança Indiana e ainda mais danças folclóricas foram adaptadas ao Estilo, tudo representado de uma forma simbólica e interpretativa, sem com isso querer traduzir a realidade destas danças, já que estão totalmente fora de seu contexto original.

E quando se fala em Tribal Bellydance, lembra-se de uma grande dançarina: Rachel Brice.

Rachel Brice, membro das Bellydance Superstars e da trupe Indigo, tem divulgado este estilo de dança com os seus movimentos serpenteantes e incrivelmente hipnotizantes. Começou nas aulas de Yoga, onde depois de 7 anos de prática, passou a instrutora e penso que foi daqui que adquiriu toda a elasticidade porque quem a vê percebe logo que esta mulher tem algo mais que a dança do ventre no seu histórico.

Fonte: http://nos-as-odaliscas.blogspot.com/2007/01/dana-tribal-tribal-fusion.html

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